domingo, 19 de julho de 2009

Após 40 anos, chegada do homem à Lua ainda alimenta teorias conspiratórias.

Catalina Guerrero.

Redação Central, 19 jul (EFE).- Que ele foi grande para a humanidade, não ha dúvidas; mas, para alguns, o famoso pequeno passo que Neil Armstrong deu há 40 anos não passou de uma fraude, a maior do século XX.

Não é nova a teoria de que o primeiro passo do homem no satélite natural da Terra foi forjado num estúdio de cinema, sob a direção de ninguém mais, ninguém menos que o diretor Stanley Kubrick ("2001 - Uma Odisséia no Espaço").

Segundo os defensores dessa tese conspiratória, amplamente difundida em livros, documentários e na internet, a chegada do homem à Lua foi uma montagem orquestrada pelo então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon.

O objetivo dele seria: em tempos de Guerra Fria, propagandear a supremacia americana frente à ainda existente União Soviética (URSS) na corrida espacial e, em segundo lugar, elevar o moral da nação, que estava em frangalhos após a traumática experiência no Vietnã.

O principal responsável pela lenda de que o homem nunca pisou na Lua é Bill Kaysing. Para ele, o Programa Apolo, desenvolvido nos anos 1960 e considerado um marco da tecnologia moderna por ter levado 12 astronautas à superfície lunar em seis missões, é uma fraude.

"We Never Went to the Moon" ("Nunca fomos à Lua", 1974) foi o livro que catapultou Kaysing como escritor e o elevou à categoria de "pai" da teoria da farsa lunar. Na obra, o engenheiro de formação reúne uma série de argumentos, todos usados até hoje pelos defensores da teoria.

O céu sem estrelas, as sombras convergentes que aparecem em algumas fotos, a bandeira tremulando num ambiente sem vento, a pegada perfeita da bota de Armstrong e a falta de uma cratera após a aterrissagem do módulo espacial são algumas das "anomalias" apontadas por Kaysing e repetidas por seus discípulos, entre eles Ralph Rene.

Inventor autodidata e jornalista, Rene se aprofundou nesses detalhes aparentemente "chocantes" no livro "Nasa mooned America" ("A Nasa expôs a América", 1992), em que diz que a agência espacial americana não tinha tecnologia para levar um homem à Lua e trazê-lo de volta à Terra são e salvo.

Além desses dois livros, um filme, um programa de TV e um documentário ajudaram a manter viva nestes 40 anos a teoria de que a ida do homem à Lua foi um embuste.

No longa de ficção científica "Capricórnio Um" (1978), o cineasta Peter Hyams mostra a Nasa forjando uma missão e obrigando astronautas a serem cúmplices da farsa montada em torno de uma viagem espacial, mas a Marte, não ao satélite da Terra.

Mas foi o programa "Conspiracy Theory: Did We Land on the Moon? ("Teoria de Conspiração: Nós Aterrissamos na Lua?"), exibido pela rede de TV "Fox" em 2001, que ressuscitou a polêmica e a fez ser intensamente debatida em milhares de foros na internet.

Um ano depois, o documentário de ficção "Opération Lune", produzido pelo tunisiano William Karel, jogou mais lenha na fogueira.

Com imagens de arquivo reais tiradas de seu contexto original e misturando habilmente informações verdadeiras e falsas, Karel analisou de forma paródica a tese de que Nixon armou uma complexa trama para fazer o mundo acreditar que o "Apolo 11" aterrissou na Lua.

É desse documentário, em que a viúva Stanley Kubrick dá um depoimento, que saiu a ideia de que o diretor americano foi convidado por Nixon para criar a farsa do homem caminhando na superfície lunar.

O curioso é que, apesar de o fim do filme deixar claro o caráter delirante e fictício dos argumentos, muitos espectadores acabaram convencidos do contrário.

Para esses, as imagens em preto e branco do primeiro astronauta andando no satélite natural da Terra, vistas pela TV por um quinto da população mundial em 20 de julho de 1969, são parte de mais uma superprodução hollywoodiana.

E de nada adiantou cientistas, técnicos e interessados na história da exploração do espaço terem refutado, um a um, os argumentos dos "conspiradores". Na crença destes, Armstrong e os outros 11 astronautas das missões "Apolo" jamais puseram os pés na Lua.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Foi encontrado provas de que existem raios em Marte

Concepção artística mostra a ocorrência de descargas elétrica em tempestade de poeira no planeta vermelho.

Uma equipe de cientistas americanos disse ter encontrado a prova direta da ocorrência de raios em Marte. Os pesquisadores da Universidade de Michigan detectaram pela primeira vez sinais de descargas elétricas durante tempestades de poeira na superfície do planeta vermelho.

De acordo com a pesquisa, a atividade elétrica provocada pelas tormentas cósmicas podem ter importantes implicações sobre a ciência do planeta. As informações são do site científico Science Daily.De acordo com o professor Nilton Renno, um dos membros da equipe da Universidade de Michigan, os raios "afetam a química atmosférica, habitabilidade e os preparativos para uma exploração futura, além da possível origem de vida". Um artigo com os resultados do estudo foi divulgado na última edição da revista Geophysical Research Letters.

Para detectar a propagação elétrica, os astrônomos utilizaram um inovador aparelho de identificação de micro-ondas que foi desenvolvido no Laboratório de Investigação de Física Espacial. A tecnologia é capaz de diferenciar a propagação de radiações térmicas e não térmicas - aquela emitida devido a outras causas que não a temperatura do meio.

Os cientistas fizeram as medições de emissões de micro-ondas em Marte cerca de cinco horas por dia durante 12 dias entre 22 de maio e 16 de junho de 2006. Naquele ano, a radiação não térmica, que sugere a presença de relâmpagos, foi detectada somente quando ocorreu uma intensa tormenta de pó marciana.

O professor Chris Ruf, coordenador das atividades, afirmou que os relâmpagos eram secos e não ocorriam associados às chuvas. "O que vimos em Marte foi uma série de grandes descargas elétricas repentinas causas por uma grande tempestade de pó", explicou.

Fonte: CUB (Centro de Ufologia Brasileiro)